quarta-feira, 10 de junho de 2009

♪ "Eu nascí.. há 10 mil anos atrás.."

Enfim, uma nova chance me foi dada. Meus próprios preconceitos foram desfigurados e minha cabeça pequena e chata de guri de apartamento foi transformada com muito trabalho, suor, dor, solidão e ressentimentos.

Transmutar todas essas coisas não foi nada fácil, pois o que planejamos nem sempre é o melhor para nós. O que desejamos, na maioria das vezes, acaba se configurando como uma simples e triste 'idéia incoerente'. Sonhos e mais sonhos, promessas sem fim.
Pitadas de sal na carne crua.

A gente cansa de amar, de tentar ser feliz. Cansa de acreditar que ser feliz é estar amando. Ou não é?! Cansamos de tentar ser fiéis, pelo simples prazer ético de construir amizades e pontes indestrutíveis. Tão fácil é quando nos vemos na situação de meros marionetes no palco da vida e que essa mesma vida é tão injusta tantas vezes, para que no final, possa ser validada como uma vitória de campeonato aos 49 do segundo tempo.

Pensamos que sucesso é estar no palco do Opinião, com os amigos, fazendo o que se gosta (cantando). Sendo o melhor que pode como skatista, como estudante, como músico, como pessoa. Mas não há incentivo, nem nunca haverá. Não houve se quer um parabéns vindo da fonte que gera a vida e que nos faz perder os cabelos quando não manda notícias ou quando não pára de mandar notícias, até demais muitas vezes.Uma retrospectiva curta do gurizinho..


Ouvi muitos 'eu te amo', comparáveis a um simples 'bom dia'. Enche o saco quando é assim. Mas nenhum deles marcou tanto como aquele que se foi. Jamais podemos abdicar de nossas convicções para acreditar que a felicidade deve partir dos outros. De um 'parabéns' maternal ou de um 'eu te amo' nada sentimental. Aprendi que todos acham que te conhecem o suficiente e que você, em grande parte do dia, é aquilo que os outros acreditam que tu seja e pensa.

Amigos de verdade não caem em contradição. Mas os enganei demais, menti demais, fugi demais. Talvez isso os possa ter confundido. E deturpei todas as minhas virtudes em crenças infames e desconjuntadas. A liberdade adquirida por mim agora não depende de aprovações, pois descobri que o caminho que seguimos é para que possamos rir depois e com muito prazer. Nos tornamos os melhores seres humanos do mundo, por não matarmos, não roubarmos, não nos vendermos por tão pouco. Pena que esquecemos que o mercado é grande, a vida é longa e que, as mesmas aprovações que passamos tantas e tantas vezes, voltam, são cíclicas. E agora a única coisa que peço pra minha vida é que não me falte água pra beber, ar pra respirar e dedos pra escrever.

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