Transmutar todas essas coisas não foi nada fácil, pois o que planejamos nem sempre é o melhor para nós. O que desejamos, na maioria das vezes, acaba se configurando como uma simples e triste 'idéia incoerente'. Sonhos e mais sonhos, promessas sem fim.
Pitadas de sal na carne crua.
A gente cansa de amar, de tentar ser feliz. Cansa de acreditar que ser feliz é estar amando. Ou não é?! Cansamos de tentar ser fiéis, pelo simples prazer ético de construir amizades e pontes indestrutíveis. Tão fácil é quando nos vemos na situação de meros marionetes no palco da vida e que essa mesma vida é tão injusta tantas vezes, para que no final, possa ser validada como uma vitória de campeonato aos 49 do segundo tempo.
Pensamos que sucesso é estar no palco do Opinião, com os amigos, fazendo o que se gosta (cantando). Sendo o melhor que pode como skatista, como estudante, como músico, como pessoa. Mas não há incentivo, nem nunca haverá. Não houve se quer um parabéns vindo da fonte que gera a vida e que nos faz perder os cabelos quando não manda notícias ou quando não pára de mandar notícias, até demais muitas vezes.

Ouvi muitos 'eu te amo', comparáveis a um simples 'bom dia'. Enche o saco quando é assim. Mas nenhum deles marcou tanto como aquele que se foi. Jamais podemos abdicar de nossas convicções para acreditar que a felicidade deve partir dos outros. De um 'parabéns' maternal ou de um 'eu te amo' nada sentimental. Aprendi que todos acham que te conhecem o suficiente e que você, em grande parte do dia, é aquilo que os outros acreditam que tu seja e pensa.
Amigos de verdade não caem em contradição. Mas os enganei demais, menti demais, fugi demais. Talvez isso os possa ter confundido. E deturpei todas as minhas virtudes em crenças infames e desconjuntadas. A liberdade adquirida por mim agora não depende de aprovações, pois descobri que o caminho que seguimos é para que possamos rir depois e com muito prazer. Nos tornamos os melhores seres humanos do mundo, por não matarmos, não roubarmos, não nos vendermos por tão pouco. Pena que esquecemos que o mercado é grande, a vida é longa e que, as mesmas aprovações que passamos tantas e tantas vezes, voltam, são cíclicas. E agora a única coisa que peço pra minha vida é que não me falte água pra beber, ar pra respirar e dedos pra escrever.
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